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Proteja-se dos relâmpagos

Nem todo mundo conhece o Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas,


Vivemos em uma região muito atingida por descargas atmosféricas. Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosféricas (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Rede Brasileira de Detecção Atmosférica é precisa em nove estados do Brasil. São eles Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. 

Com base nas informações da Rede Brasileira de Detecção Atmosférica, o Inpe disponibilizou um ranking de incidência de descargas atmosféricas por municípios. São Caetano é a cidade mais atingida do país. Já São Paulo é décima do Estado. Confira o ranking de incidência no Estado de São Paulo:

Nem todo mundo conhece o Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas, mas todo mundo conhece o nome mais popular deste importante instrumento de proteção contra os relâmpagos, o pára-raios. 
Com tanto raio caindo na Grande São Paulo, os síndicos devem dar atenção especial aos pára-raios dos condomínios. Com alguns cuidados, o patrimônio e a vida dos condôminos serão protegidos. 

Instalação 
A instalação do pára-raios é sempre feita seguindo-se uma seqüência de baixo para cima. Ou seja, deve ser feito primeiro o aterramento, depois a descida e finalmente a captação. Esta seqüência deve ser feita porque se fizermos primeiro a captação e neste momento cair um raio, o mesmo não terá como ser conduzido para o solo, pois ainda não fizemos a descida e tampouco o aterramento.
Os materiais dos pára-raios são: cabos de cobre nu, barras de alumínio, suportes isoladores em aço galvanizados a fogo, parafusos com rosca soberba, hastes de aterramento do tipo copperweld, matérias de vedação como silicone, cimento e compostos asfálticos para lajes.
O proprietário da casa ou o síndico do edifício não devem instalar os equipamentos por conta própria. É muito importante a contratação de uma empresa especializada, que disponibilizem profissionais bem treinados e preparados para montarem o pára-raios. O pára-raios mal instalado pode provocar graves acidentes. 

Tipos comuns de pára-raios
Nas chuvas de verão, a água vem acompanhada de uma força letal: os raios. Para não expor o edifício e os moradores ao perigo, e o síndico deve certificar-se de que o sistema de pára-raios está em ordem. 
Dois tipos de pára-raios são mais comuns: Franklin e Gaiola de Faraday.
Franklin: É composto por um ou mais captores de quatro pontas, montados sobre mastro. A altura deve ser calculada conforme as dimensões da edificação. Num sistema de pára-raios pode haver vários deles. 
Gaiola de Faraday: É constituído por uma série de condutores, formando malhas fechadas sobre a cobertura. Cabos de cobre nus são dispostos nas áreas mais suscetíveis a sofrerem descargas (quinas e arestas dos prédios), passando por isoladores ou fixados direto sobre a superfície.
O pára-raios funciona em 3 sub-sistemas: 
1 - Sistema de Captação: Os captores são elementos destinados a receber a descarga elétrica. Podem ser constituídos pela combinação de diversos materiais metálicos como: mastros, cabos e condutores em malha.
2 - Sistema de Condução: O sistema de condução é composto por cabos de cobre nu ou estruturas metálicas, ligando o sistema de captação ao de aterramento. São os chamados condutores de descida. 
3 - Sistema de Aterramento: ele pode ser Pontual, composto de hastes verticais. É indicado para solos de baixa resistividade e pequenas edificações; ou Malha, que é constituído de eletrodos em forma de anel. 
O leigo pode cair no erro de verificar somente o estado do sistema de captação. Isso é importante, mas não o suficiente, pois os três sub-sistemas são essenciais para o funcionamento do pára-raios.
Todo o sistema de pára-raios tem que estar bem fixado para que pedaços não caiam do edifício. 




Conservação
Os especialistas recomendam a manutenção anual do pára-raios. Ela consta de vistoria nos componentes do sistema e medições de resistência do aterramento, para verificar se a oposição à passagem da corrente elétrica está dentro dos padrões permitidos. 
Neste momento, é emitido o Atestado de Conformidade e de Medição Ôhmica dos Aterramentos, que substitui o anterior.
Qualquer pessoa com conhecimento técnico poderá efetuar uma vistoria visual no sistema e anotar alguma anomalia tais como: mastro caído, cabo rompido, isolador quebrado, aterramento desconectado, etc. 
Após uma forte tempestade, é prudente efetuar a vistoria acima descrita e caso se verifique alguma irregularidade deverão ser tomadas medidas corretivas para o perfeito restabelecimento do sistema, evitando problemas com seguradoras e garantindo a segurança das pessoas.
Qualquer serviço executado no prédio tais como: pintura, reparos em telhados, calhas, rufos, antenas deve ser acompanhado, pois eles quase sempre causam avarias no sistema de pára-raios. 
O pára-raios deverá ser trocado, sempre que for detectada uma avaria, como exemplo podemos citar que se um mastro em aço apresentar corrosão excessiva, o mesmo deverá ser trocado.

Rede elétrica e telefonia
Os pára-raios protegem exclusivamente a construção. Para a segurança de equipamentos eletroeletrônicos, são necessários os supressores de surto de tensão, evitando que as descargas elétricas vindas pelos cabos de força e de telefone atinjam e queimem os equipamentos. 
É possível ter um para cada aparelho, porém, o mais importante é instalar um supressor mais potente no quadro de entrada de força da casa e outro na entrada de telefone. De qualquer forma, isso exigirá o trabalho de empresa especializada, a quem caberá dimensionar a carga necessária e instalar os aparelhos.

Dicas durante a tempestade
O Grupo de Eletricidade Atmosféricas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais dá algumas dicas que podem salvar vidas durante tempestades com relâmpagos. Confira:
“Se possível, não saia para a rua ou não permaneça na rua durante as tempestades, a não ser que seja absolutamente necessário. 
Nestes casos, procure abrigo nos seguintes lugares: 
• carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis; 
• em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios; 
• em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis; 
• em grandes construções com estruturas metálicas; 
• em barcos ou navios metálicos fechados; 
• em desfiladeiros ou vales. 
Se estiver dentro de casa, evite: 
• usar telefone, a não ser que seja sem fio; 
• ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas; 
• tocar em qualquer equipamento elétrico ligado a rede elétrica. 
Se estiver na rua, evite: 
• segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca, tripés e tacos de golfe; 
• empinar pipas e aeromodelos com fio; 
• andar a cavalo; 
• nadar; 
• ficar em grupos. 
Se possível, evite os seguintes lugares que possam oferecer pouca ou nenhuma proteção contra raios: 
• pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos; 
• veículos sem capota, tais como tratores, motocicletas ou bicicletas; 
• estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica. 
Se possível, evite também certos locais que são extremamente perigosos durante uma tempestade, tais como: 
• topos de morros ou cordilheiras; 
• topos de prédios; 
• áreas abertas, campos de futebol ou golfe; 
• estacionamentos abertos e quadras de tênis; 
• proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos; 
• proximidade de árvores isoladas; 
• estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e linhas de energia elétrica. 
Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir seus pêlos arrepiados ou sua pele coçar, está indicando que um raio está preste a cair, portanto, ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. Não se deite no chão.”
Mais informações sobre as descargas atmosféricas podem ser encontradas no site: 
www.inpe.br/webelat/homepage/

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