Investigações destinadas a conhecimentos essenciais para promoção à saúde precisam de investimentos, reconhece a Abracro (Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica)
Foto: Marcelo Santos.
Se no passado os desafios da saúde pública estavam voltados às doenças infecciosas (com índices preocupantes de expectativa de vida), hoje as descobertas da ciência, combinadas com políticas públicas e hábitos saudáveis, garantem o acesso da população a vacinas e tratamentos que elevaram sua expectativa de vida. Mas existe um passo atrás de tudo isso, que ainda é pouco discutido e visibilizado: a Pesquisa Clínica.
“Podemos chamar de Pesquisa Clínica, Estudo Clínico ou Ensaio Clínico. Essa etapa dos processos de descobertas de tratamentos, medicamentos e outros, é realizada para avaliar a eficácia e segurança de um determinado produto ou tratamento em humanos. Essa pesquisa busca alternativas terapêuticas para determinadas doenças que podem ser herdadas, congênitas, infecciosas ou adquiridas”, explicou Fernando de Rezende Francisco, gerente executivo da Abracro (Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica).
É com a Pesquisa Clínica que a Medicina evoluiu e pôde atingir o patamar que hoje possibilita à sociedade variedade de tratamentos e medicamentos, que não somente prolongam a expectativa de vida, mas proporcionam melhor qualidade de vida e bem-estar.
Nos bastidores pela busca da cura de uma nova doença, para um tratamento alternativo, para frear os avanços de uma nova pandemia (como experimentamos com a Covid-19), no entanto, é a Pesquisa Clínica que é capaz de atestar a eficácia, as consequências e a segurança de cada conduta.
Neste Dia Nacional da Saúde, Rezende avalia que o Brasil tem potencial de competitividade para avançar ainda mais no campo da ciência para promoção da saúde, mas ainda são necessários investimentos, decisões políticas – especialmente pela aprovação do Projeto de Lei 7.082/2017, em tramitação na Câmara dos Deputados, estímulos à pesquisa e aos pesquisadores, e tecnologia para catalisar esses avanços. “Grandes desafios também serão o de formar e capacitar os profissionais da área. Mas acreditamos que, com isso, é possível, sim, induzir ainda mais o crescimento dos ensaios no Brasil e rumar em direção dos interesses maiores para o presente e para o futuro da vida”, disse.
Sobre a ABRACRO
A Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica é responsável pela grande mudança na reputação dessa área tão importante para a saúde no Brasil. Há 17 anos, ela representa as ORPCs (Organizações Representativas de Pesquisa Clínica) e contribui para a melhoria dos processos e atividades do setor. Hoje, são fonte para os órgãos reguladores do setor que, pela rigidez dos processos e questões éticas, muitas vezes a consulta antes da publicação de uma nova norma. A ABRACRO também realiza eventos e workshops para aproximar o paciente e o público leigo dos profissionais da área.
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